Situação nos lares é "consequência do desconfinamento". Odivelas "estabilizada"
Presidente das misericórdias lembra que Portugal é um país pequeno e com muito movimento interno.
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A União das Misericórdias Portuguesas reconhece que a situação nos lares portugueses voltou a complicar-se, mas a culpa não é de uma diminuição dos cuidados ou da prevenção.
A garantia é do presidente da união, Manuel Lemos, que fala de uma situação "que não tem, de forma nenhuma, o aspeto que teve no princípio" da pandemia.
Os casos estão a ser registados "em áreas novas do país, que até ao momento não tinham tido casos de Covid-19 a não ser esporádicos e que agora os estão a ter de uma maneira mais incisiva, como a região de Lisboa", sem esquecer também o surto identificado em Reguengos.
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"É uma consequência do desconfinamento", reconhece Manuel Lemos, que explica que "as pessoas têm as suas vidas e não se pode parar as vidas das pessoas". Apesar dos apelos à responsabilidade, o responsável pelas misericórdias lembra que Portugal "é um país pequeno e as pessoas andam para cima e para baixo".
No caso específico de Odivelas, um dos concelhos com maior incidência de novos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo, a situação nos lares está controlada. Quem o diz é o presidente da câmara de Odivelas, Hugo Martins, que fala de uma situação "estabilizada".
Os utentes positivos foram separados dos restantes, "as medidas foram tomadas" e os trabalhadores dos lares foram repostos.
"A autarquia tem feito tudo" para responder às solicitações, garante o autarca, sem deixar de sublinhar que "não compete a uma autarquia local dominar uma situação que se passa no interior de um lar particular entre todos os que lá laboram, coabitam e diariamente servem os utentes".
Com a situação controlada, Hugo Martins recusa a necessidade de medida mais duras porque "há um trabalho de proximidade no terreno entre equipas multidisciplinares" para quebrar cadeias de transmissão.
"Por outro lado, existem as medidas que foram anunciadas pelo Governo e concertadas com as autarquias" como a proibição de ajuntamentos com mais de dez pessoas e a proibição da ingestão de bedidas alcoólicas na via pública e da sua venda nas estações de combustíveis.