Sociedade Portuguesa de Contraceção pede rastreio e testes comparticipados à clamídia
É uma doença que não tem sintomas e mais frequente entre as mulheres jovens com menos de 25 anos.
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A Sociedade Portuguesa de Contraceção defende um rastreio nacional e testes comparticipados à clamídia, uma infeção sexual mais frequente entre as mulheres jovens com menos de 25 anos. A doença não tem sintomas e, por isso, só é detetada através de um teste que tem de ser pago pela utente. O alerta é feito pela presidente da Sociedade Portuguesa de Contraceção, Fátima Palma.
"É especialmente frequente nas mulheres sexualmente ativas, jovens e heterossexuais. Portugal ainda não tem neste momento qualquer rastreio implementado", afirma a médica, em declarações à TSF, alertando que, "para agravar a situação", o método para diagnosticar esta situação, que "é completamente assintomática", "é um método que, neste momento, não é comparticipado".
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A médica Fátima Palma, que trabalha sobretudo com adolescentes, explica que sem um rastreio nunca se poderá conhecer a realidade da doença.
"Nunca vamos saber exatamente quantas mulheres têm clamídia, que é uma doença que pode ter depois consequências mais graves no futuro, desde dor abdominal, infertilidade, gravidez ectópica", refere, sublinhando a importância de se "organizar um rastreio".
O Dia Mundial da Contraceção assinala-se esta terça-feira, uma data aproveitada pela Sociedade Portuguesa de Contraceção para apelar a medidas de combate e controlo da clamídia.