Sociedade Portuguesa de Matemática não surpreendida com piores resultados em exames do 12º ano

A Sociedade Portuguesa de Matemática não ficou surpreendida com o crescimento dos chumbos nos exames da disciplina no 12º ano, que subiram de 13 para 20 por cento num ano.

Ouvido pela TSF, o presidente desta associação lembrou que o exame era «mais trabalhoso» do que o do ano passado e que «precisava de algum desembaraço dos alunos para ser feito dentro do tempo».

Miguel Abreu saudou também a subida da dificuldade deste teste, já que «ainda eram precisos dar mais passos no sentido de os exames do 12º anos se aproximarem de um grau de exigência que consideramos adequado para o final do Ensino Secundário».

«Principalmente para alunos que vão fazer um exame de Matemática A e que vão ingressar em cursos de engenharias, ciências, tecnologias e economia», adiantou.

Este responsável da SPM assinalou ainda que a descida de 1,6 pontos em relação à média «não foi significativa» e «está dentro do que esperávamos tendo em conta o grau de dificuldade».

Miguel Abreu entende ainda que as «provas de aferição e os exames do 9º e 12º ano estão melhores» e que «houve anos em que estes exames foram demasiado fáceis e completamente desadequados ao ciclo de estudo».

«Há que continuar a trabalhar e a dedicar horas à Matemática no Ensino Básico e Secundário que sejam focadas naquilo que contribui para que os nossos alunos melhor aprendam a Matemática: fazer muitos exercícios e resolver muitos problemas», concluiu.