José Sócrates entende que «não se pode definir exatamente o estatuto de simpatizante» para estas primárias. Já Marcelo Rebelo de Sousa recordou os custos deste tipo de eleição.
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O ex-primeiro-ministro José Sócrates não concorda com a ideia de primárias no PS, tal como propõe o atual secretário-geral socialista, António José Seguro.
No seu habitual comentário na RTP, Sócrates considerou que esta é uma «má solução para o PS neste momento», já que «não se pode definir exatamente o estatuto de simpatizante».
O antigo chefe de Governo recordou ainda que os estatutos de PS e PSD estabelecem «normas internas que estabilizam os cadernos eleitorais, isto é, além que se tenham inscrito no PS há um mês atrás não pode votar».
«Como é que esse militante não pode votar e um simpatizante que vai ser inscrito agora já pode votar? Vejo nisto uma enorme barafunda», concluiu.
Por seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa entende que primárias abertas aos simpatizantes são difíceis de concretizar, porque «se é para todos é à americana, mas à americana custa uma fortuna».
«São eleições nacionais e tem de haver em todos os sítios em que há secções de voto. A única diferença é que só lá está a urna do PS e só se pode votar PS», explicou.
Na TVI, o comentador recordou que estas secções de voto têm de ser instaladas em todas as juntas de freguesia, o que implica uma «máquina imensa com fiscalização por todo o país, com recenseamento e campanha eleitoral prévias».