Sophia de Mello Breyner Andresen ficará no Panteão, ao lado de Humberto Delgado e Aquilino Ribeiro
O corpo da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen, que é trasladado no dia 02 de julho para o Panteão Nacional, ficará na sala em que se encontram o general Humberto Delgado e o escritor Aquilino Ribeiro.
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A diretora do Panteão Nacional, Isabel de Melo, disse à Lusa que o programa da trasladação está a ser definido pela respetiva comissão de trabalho com a família da poetisa, cujo corpo «ficará numa arca tumular na mesma sala onde estão o general Humberto Delgado e o escritor Aquilino Ribeiro».
A 02 de julho completam-se precisamente dez anos sobre a morte da autora de, entre outras obras, «O Cristo Cigano», «Coral» e «O Búzio de Cós».
O percurso sairá do Cemitério de Carnide, em Lisboa, em direção ao Panteão Nacional, e incluirá a passagem pela Capela do Rato, onde será celebrada uma missa, e pela Assembleia da República.
No Panteão Nacional, está previsto uma atuação da Companhia Nacional de Bailado e do Coro do Teatro Nacional de São Carlos e José Manuel dos Santos, diretor cultural da Fundação EDP e amigo da família da escritora, usará da palavra na cerimónia.
Em fevereiro último, a Assembleia da República aprovou por unanimidade a concessão de honras de Panteão Nacional à poetisa e a criação de um grupo de trabalho para determinar a data e o programa da trasladação.
Na resolução aprovada, os deputados afirmaram que a trasladação é uma forma de homenagear «a escritora universal, a mulher digna, a cidadã corajosa, a portuguesa insigne» e evocar «o seu exemplo de fidelidade aos valores da liberdade e da justiça».