StayAway Covid, a app à prova de "engraçadinhos" que Costa já tem e da qual Temido não desiste
A nova aplicação de combate ao Covid-19 em Portugal já está disponível para iOS e Android e até o primeiro-ministro já fez o download.
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Chama-se StayAway Covid e é a aplicação portuguesa que pretende identificar potenciais exposições a pessoas infetadas com Covid-19. Gratuita, anónima e voluntária, é ainda fácil de descarregar e à prova de "engraçadinhos". Quem o disse foi o primeiro-ministro, durante a apresentação da aplicação, esta manhã, no Instituto Superior de Engenharia do Porto.
Ainda antes de Costa falar sobre a StayAway Covid, foi a ministra da Saúde, Marta Temido, que começou por fazer uma curta apresentação da aplicação e admitiu que ainda não a tinha conseguido descarregar por lhe ter sido pedido uma atualização no telemóvel. Mas, ainda assim, deixou um apelo: "Não desistam."
E foi isso mesmo que António Costa fez. Poucos minutos depois, subiu ao palco, e no seguimento da brincadeira, revelou, entre sorrisos, que já tem a StayAway Covid instalada e que "[o telemóvel] não esteve de estar ligado à corrente toda a noite".
Na hora da decidir sobre ter ou não a aplicação, não há que ter receio de fazer o download e nem sequer de ser enganado. "As pessoas não devem ter receio de descarregar a aplicação", apontou, lembrando que é voluntária e segura porque "não dá para os engraçadinhos fazerem partidas", já que o alerta de que se está infetado só pode ser dado com o "código dado pelo médico", o que não permite "falsos alertas".
Assim, Costa apelou a que "todos descarreguem a aplicação e informem os outros no caso de estarem contaminados". E caso surja a informação na aplicação de que esteve em contacto com alguém infetada, "não deve entrar em pânico" e deve ligar para a linha de Saúde 24 e seguir as indicações das autoridades de saúde, como esclarece o primeiro-ministro.
E o exemplo começa já no chefe de Governo. "Eu comprometo-me a, se algum dia vier a estar infetado, a fazer essa comunicação", assegurou, esclarecendo que a aplicação vai ter em conta quem esteve mais de 15 minutos a menos de 10 metros de distância.
A ministra da Saúde intitula a aplicação como "fundamental" nesta fase para controlar a pandemia de Covid-19 em Portugal, mas explica que "o facto de haver exposição não é sinal de infeção" e que, portanto, é importante receber informações das pessoas com quem se esteve e seguir os trâmites normais quando há conhecimento do contágio, nomeadamente entrar em contacto com as autoridades de saúde.
"É um exercício de responsabilidade e solidariedade", alerta a ministra, deixando claro que a aplicação é anónima e protege os dados dos utilizadores.