S.TO.P. vê portugueses solidários com os professores e destaca nas ruas efeitos da "luta"
Trabalhadores docentes e não docentes caminham esta tarde até à Assembleia da República, onde vão ficar até ao final do mês, incluindo de noite.
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O coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.) acredita que os portugueses estão solidários com as reivindicações dos professores, apontando que a sociedade está farta do aumento do custo de vida e de "uns poucos que ficam com muitos milhões".
Várias centenas de pessoas concentraram-se esta tarde no cimo do Parque Eduardo VII, em Lisboa, antes de caminharem até à Assembleia da República, numa manifestação convocada pelo S.TO.P., a quarta desde dezembro de 2022.
"A intenção inicial do ministro, antes de começar esta grande luta a 9 de dezembro, era permitir que os diretores contratassem professores por perfis, ou seja por critérios subjetivos", tendo o governante sido obrigado a recuar pela "luta" dos docentes, defendeu o coordenador do S.TO.P., André Pestana, em declarações aos jornalistas.
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"Centenas de profissionais da educação, docentes e não docentes, vão estar permanentemente até ao final do mês - até a dormir - à frente da casa da democracia", assinalou.
O coordenador do S.TO.P. disse acreditar que os portugueses estão solidários com as reivindicações dos professores e apontou como prova disso uma sondagem segundo a qual a maioria dos inquiridos estava a favor da recuperação do tempo total de serviços, uma das reivindicações dos professores.
"Um, dois, três, já cá estamos outra vez, quatro, cinco, seis estamos fartos de papéis, sete, oito, nove, ninguém nos demove" é a frase de ordem que professores e profissionais da educação gritam em Lisboa na manifestação que começou perto das 15h00.
No local esteve também a deputada do BE Joana Mortágua, para quem, até agora, o Governo não conseguiu ir ao encontro de nenhuma das exigências dos docentes.
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"Os professores continuam em luta e isso mostra que o Governo não está a chegar a bom porto nas negociações", notou a parlamentar.
"Já toda a gente entendeu que, sem discutir a recuperação do tempo de serviço que os professores consideram, e bem, que foi roubado" e sem discutir "uma progressão normal na carreira, sem quotas nem vagas artificiais, é impossível estabelecer uma ponte de contacto".