O Ministério Público anunciou que vão ser realizadas novas diligências no caso dos dois submarinos comprados pelo Estado português.
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«Novas diligências serão realizadas, designadamente solicitando a colaboração de anterior e do atual Ministro da Defesa», indica um comunicado do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
O negócio dos submarinos foi concretizado durante o mandato de Paulo Portas, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, como ministro da Defesa, em 2004.
A nota do DCIAP recorda que, entre 21 de abril de 2008 e 13 de novembro de 2009, pesquisaram e analisaram documentos vários que se encontravam dispersos por diversos departamentos do Ministério da Defesa e arquivos, com a «total colaboração e disponibilidade» dos ministros da época.
«Continua a faltar o 'dossier' histórico contendo a documentação relativa aos concursos que antecederam a celebração dos contratos, contrapartidas e financiamentos», acrescenta a informação hoje enviada à comunicação social.
A nota hoje divulgada pelo DCIAP afirma ainda que o processo, em que se investigam eventuais ilícitos de corrupção, tráfico de influência e prevaricação, «prossegue os seus termos, aguardando-se resposta a diversas cartas rogatórias emitidas para vários países».
Ouvido pela TSF, o antigo ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, disse que ainda não recebeu qualquer notificação, mas sublinhou estar disponível «a cem por cento» para colaborar com o Ministério Público para o «esclarecimento da verdade».