A TAP conta apresentar hoje uma solução para os passageiros. Os jornais contam esta manhã que os tripulantes da TAP foram forçados a embarcar os 74 sírios, sob a ameaça de armas.
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A TAP continua à procura de alternativa para os passageiros que tinham viagem de e para Bissau. Os 150 passageiros da ligação que estava prevista para esta noite (20:45) já foram todos contactados, mas a TAP não consegue garantir que sigam viagem ainda hoje.
Fonte da TAP disse à TSF que a transportadora espera encontrar uma solução ainda hoje, sublinhando que a preocupação não é apenas encontrar uma solução para os 150 passageiros que tinha viagem marcada hoje, mas para todos os passageiros que já compraram bilhetes com a companhia.
Ontem, um grupo de militares armados forçou o pessoal da transportadora aérea a embarcar os sírios que tinham passaportes falsos.
A informação é avançada por vários jornais. O Correio da Manhã fala mesmo numa situação de pavor que se estendeu aos tripulantes e pessoal de bordo.
Foi essa grave quebra de segurança que levou a TAP a suspender a ligação entre Lisboa e Bissau, até agora a única ligação direta entre a Europa e a Guiné-Bissau.
O Diário de Notícias escreve que a decisão da TAP foi acompanhada e apoiada pelo gabinete de Passos Coelho, e também Cavaco Silva foi mantido a par do processo.
Portugal não era o destino final do grupo de sírios, que queriam ir até Munique, na Alemanha. Uma fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) conta ao jornal I que cada um dos sírios pagou 5 mil dólares, cerca de 4 mil euros, a uma rede de imigração ilegal, pelos passaportes falsos e por guias para chegarem à Europa.
A ligação Bissau-Lisboa é considerada pelo SEF como a mais problemática, no que toca à imigração ilegal. Em abril, foram detetados 33 sírios, com passaportes falsos, que chegaram a Lisboa vindos de Bissau.
O SEF diz que nos últimos seis meses, não houve praticamente um único voo da TAP em que não houvesse casos de documentos falsos ou pedidos de asilo.
A TAP conta apresentar hoje uma alternativa aos passageiros que já tinham viagem marcada. Nesta altura do Natal, diz o DN, já tinham sido vendidos mais de mil bilhetes entre Lisboa e Bissau.