Esta decisão surge perante a «grave quebra de segurança ocorrida» no embarque de um voo para Lisboa, ontem, que implicou o transporte de 74 passageiros sírios com passaportes falsos.
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Em comunicado, a TAP refere que, «perante a grave quebra de segurança ocorrida na fase de embarque do voo da TAP TP202 de Bissau para Lisboa na madrugada do dia 10 de dezembro, que implicou o embarque de 74 passageiros com documentos comprovadamente falsos, a rota Lisboa/Bissau/Lisboa encontra-se suspensa até uma completa avaliação das condições de segurança no aeroporto» da capital da Guiné-Bissau.
A companhia aérea adianta que está a «desenvolver esforços para minimizar o impacto» desta suspensão para os passageiros, estando, «designadamente, a procurar ligações alternativas».
Um grupo de 74 passageiros sírios proveniente de um voo da Guiné-Bissau foi, na terça-feira, retido no aeroporto de Lisboa por uso de passaportes falsificados da Turquia.
Segundo o Instituto da Segurança Social (ISS) o grupo de refugiados é constituído por 51 adultos e 23 menores.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou que transmitiu ao encarregado de negócios da Guiné-Bissau em Lisboa «a gravidade» do embarque de sírios com documentos falsos no aeroporto de Bissau e afirmou apoiar a suspensão de voos pela TAP.
O ministério de Rui Machete afirma que o encarregado de negócios da Guiné-Bissau «foi chamado» ao ministério dos Negócios Estrangeiros, «tendo-lhe sido transmitida a gravidade do ocorrido», uma das «medidas no campo diplomático» que o Governo português «encetou desde o primeiro momento».
O Executivo garante que está, juntamente com a TAP, a procurar ligações alternativas entre Lisboa e Bissau para minimizar o impacto do cancelamento da rota.