Um estudo elaborado pelo Observatório da Saúde da Universidade Europeia indica que os inquiridos demonstram ter maior confiança no setor privado.
Corpo do artigo
Quase metade dos inquiridos no estudo (49%) afirmou ter dificuldade em aceder a uma consulta de especialidade e, entre estes, 30% espera há mais de três meses por uma destas consultas. Também existem queixas em relação aos exames de diagnóstico: 35% refere ter dificuldades em realizá-los e 27% espera há mais de três meses para o poder fazer.
O estudo, que analisa a perceção dos portugueses relativamente aos serviços de saúde em termos de acesso, utilização, qualidade e confiança, indica que quase três em quatro pessoas que respondeu ao inquérito confia muito no setor privado, enquanto no setor público o valor é de 56%.
Também são mais os que recorreram ao setor privado no último ano (68%) contra os 52% que optou pelo público.
O inquérito foi realizado online e os coordenadores admitem que a população que respondeu tem maior literacia tecnológica e formação superior (78%).
TSF\audio\2022\05\noticias\03\05_maria_augusta_casaca_estudo_saude
De acordo com o estudo, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) os serviços mais procurados são os de saúde primária, embora 22% dos inquiridos admita que não tem médico de família.
No entanto, tanto no setor público como no privado, a qualidade é avaliada com nota positiva (97% considera ter tido um bom atendimento).
Os coordenadores do estudo chegaram à conclusão que as pessoas entre os 45 e os 55 anos de idade são as mais criticas, talvez porque nesta faixa etária começam a surgir doenças que até aí não existiam, e as respostas dos serviços não são as desejáveis.
Neste estudo do Observatório de Saúde da Universidade Europeia em que foram recolhidas mais de 2 mil respostas, 73% dos inquiridos afirmou ter um seguro de saúde, complementar ao SNS.