Investimento no SNS permitiu retorno de 7,5 mil milhões de euros para a economia
O estudo que avalia a sustentabilidade do SNS foi apresentado na 10.ª Conferência Sustentabilidade em Saúde, produzido pela NOVA IMS, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Corpo do artigo
O investimento no Serviço Nacional de Saúde em 2021 permitiu um retorno de 7,5 mil milhões de euros para a economia, graças ao impacto dos cuidados de saúde no absentismo e na produtividade.
"Houve um aumento que tem algum significado, face ao ano anterior, neste retorno, que é tributário de duas coisas: de um contributo mais significativo na redução do absentismo e da melhoria da produtividade e também do facto de o custo do trabalho diário em Portugal ao longo dos anos ir aumentando progressivamente
e, por essa via, acabar por se refletir num retorno para a economia", explicou o coordenador do estudo, Pedro Simões Coelho.
Segundo os dados do Índice de Saúde Sustentável, desenvolvido pela Nova Information Management School (Nova IMS), este retorno foi superior (mais 700 milhões) ao valor apurado em 2020 (6,8 mil milhões).
De acordo com o Índice de Saúde Sustentável, dois em cada três portugueses acederam em 2021 aos cuidados de saúde como forma de prevenção e a maioria está disponível para fornecer dados sobre a sua saúde, em dispositivos eletrónicos, para receber aconselhamento, indica um estudo divulgado esta terça-feira.
Depois da tempestade pandémica, espera-se que o SNS recupere a sustentabilidade perdida em 2020 com um reforço da atividade e da qualidade, sem aumentar as despesas. Isto significa que o sistema terá de encontrar formas de fazer crescer a sua produtividade.
14820267