Graça Freitas alerta que não é possível saber se vai ter um "abrandamento muito acentuado nos meses mais quentes".
Corpo do artigo
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, alerta que ainda não é possível saber qual será o comportamento do novo coronavírus nos meses mais quentes do ano, lembrando que esta é a primeira vez que "vamos passar uma estação quente" em convivência com o mesmo.
"Teremos de esperar, sabemos que há outros coronavírus que têm um comportamento sazonal, não desaparecem completamente nos meses mais quentes, mas o seu valor é muito basal e transmitem-se muito pouco", voltando ao ativo no outono e inverno, explicou Graça Freitas na conferência de imprensa diária sobre a Covid-19.
12211352
Neste caso, e perante um vírus que "é completamente novo" e ao qual a população "ainda está suscetível", não é possível saber se vai ter um "abrandamento muito acentuado nos meses mais quentes".
Graça Freitas lembra que há países com temperaturas "habitualmente elevadas que têm tido casos mesmo em épocas quentes", como é o caso de Singapura.
"Não sabemos, é a primeira vez que vamos passar uma estação quente com o novo coronavírus aqui no hemisfério norte", conclui Graça Freitas.
Portugal regista 1.247 mortes relacionadas com a Covid-19, mais 16 do que na segunda-feira, e 29.432 infetados, mais 223, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.
A pandemia de Covid-19, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan, já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em todo o mundo.
Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.