Teresa Morais, deputada e vice-presidente do PSD, falhou os dois terços que precisava para ser eleita para o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa.
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Teresa Morais falhou, esta tarde, a eleição para o cargo de presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
De acordo com o secretário da mesa da Assembleia da República, o social-democrata Duarte Pacheco, a candidata do PSD conseguiu 112 votos dos 212 possíveis, tendo sido registados 75 votos em branco e 25 votos nulos. Para conseguir uma maioria de dois terços, a deputada e vice-presidente do PSD teria de alcançar os votos de 141 deputados.
Com esta votação, a deputada conseguiu mais votos do que a totalidade das bancadas do PSD (89) e CDS-PP (18), que somariam apenas 107 votos.
Ontem, durante a audição conjunta das comissões parlamentares de Defesa e Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias - que antecedeu este ato eleitoral -, os deputados dos grupos parlamentares de PS, PCP e BE deixaram elogios à candidata, mas adiantaram que não dariam o apoio à candidatura da social-democrata.
Por oposição, as bancadas do PSD e do CDS-PP garantiram apoio total à candidata.
"Não podia deixar de ir ao fim só porque alguém quer avaliar o meu trabalho de forma superficial e não o conhece", afirmou no parlamento, Teresa Morais, que admitiu que "a eleição por dois terços é sempre difícil".
Teresa Morais, deputada e vice-presidente do PSD, fez parte do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa entre 2004 e 2011.