Cristina Tavares, que levou a empresa a tribunal por assédio moral, pode ainda vir a receber uma indemnização.
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A trabalhadora Cristina Tavares, que foi despedida duas vezes pela corticeira Fernando Couto, em Santa Maria da Feira, vai ser reintegrada na empresa.
A informação foi confirmada à TSF pelo presidente do Sindicato dos Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN), Alírio Martins. "A trabalhadora vai começar a trabalhar no dia 1 de julho, exercendo as mesmas funções que tinha antes de ser despedida", disse o dirigente sindical, adiantando que as duas partes ainda estão reunidas a ultimar os pormenores do acordo.
Segundo Alírio Martins, Cristina Tavares poderá ainda vir a receber uma indemnização por danos morais.
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Cristina Tavares foi despedida de uma empresa de Santa Maria da Feira em janeiro de 2017, alegadamente por ter exercido os seus direitos de maternidade e de assistência à família, mas o tribunal considerou o despedimento ilegal e determinou a sua reintegração na empresa.
Em janeiro deste ano, a empresa corticeira voltou a despedi-la acusando-a de difamação, depois de ter sido multada pela Autoridade das Condições do Trabalho (ACT), que verificou no local que tinham sido atribuídas à trabalhadora tarefas improdutivas, carregando e descarregando os mesmos sacos de rolhas de cortiça, durante vários meses.
A situação de Cristina Tavares deu origem a três contraordenações da ACT à empresa Fernando Couto Cortiças, no valor global de quase 50 mil euros.