As duas partes não conseguiram chegar a entendimento, passado o prazo dado pela juíza para a obtenção de um acordo.
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O caso da trabalhadora Cristina Tavares, ex-funcionária da corticeira Fernando Couto Cortiças S.A, vai a julgamento, depois de não ter existo entendimento entre as duas partes, na sessão desta manhã, no tribunal de Santa Maria da Feira. A informação foi confirmada à TSF por Filipe Soares Pereira, o advogado de defesa da trabalhadora.
A juíza encarregada do caso tinha dado um prazo de dez dias para que as partes chegassem a acordo, o que não se verificou. O caso vai, então, seguir para julgamento, tendo sido marcada a primeira audiência para 26 de junho.
Cristina Tavares reclama a sua reintegração na empresa, alegando que o despedimento de que foi alvo é ilegal, mas a corticeira recusa aceitá-la de volta.
Em 2017, a corticeira Fernando Couto despediu a funcionária, com o argumento da extinção do seu posto de trabalho. Cristina Tavares levou o caso à Justiça e, em 2018, a empresa foi judicialmente obrigada a reintegrá-la.
Depois de voltar a trabalhar na empresa, a situação da funcionária - que foi colocada a arrumar paletes de rolhas durante todo o dia, trabalhando isolada de todos - gerou polémica e, em novembro, a empresa acabou por ser multada em 31 mil euros pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), por assédio moral à operária. Uma segunda contraordenação levou também a uma coima de 6 mil euros à empresa por não atribuir funções adequadas à funcionária.
Já em janeiro deste ano, a corticeira voltou a despedir Cristina Tavares, alegando justa causa por difamação.
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