Trabalhadores da antiga refinaria da Galp em Matosinhos deveriam "ser chamados" para Sines
Os novos investimentos anunciados pela Galp vão criar mais de 400 postos de emprego em Sines. O presidente da comissão de trabalhadores da Petrogal considera "importante que não se esquecesse daqueles que foram despedidos e empurrados para fora da refinaria do Porto".
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Os trabalhadores da Galp defendem que os funcionários despedidos pela empresa em Matosinhos podem ser reintegrados nos postos de trabalho que vão ser criados em Sines.
Em 2021, a empresa avançou com o despedimento coletivo de 150 trabalhadores da refinaria no norte do país. Alguns já encontraram outros empregos, sendo que, este ano, o Governo anunciou que 15 trabalhadores estão em formação para se tornarem maquinistas de comboios.
À TSF, Hélder Guerreiro, presidente da comissão de trabalhadores da Petrogal, lembra que estes são trabalhadores qualificados, o que os torna uma mais-valia para o novo projeto da empresa.
"Era importante que não se esquecesse daqueles trabalhadores que foram despedidos e empurrados para fora da refinaria do Porto", afirma.
Para o presidente da comissão de trabalhadores da Petrogal, estes trabalhadores poderiam ser chamados para ocupar os novos postos de emprego anunciados em Sines.
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"A maior parte [dos trabalhadores] ainda estará desempregado ou subempregado, em empregos com qualificações inferiores àquelas que eles têm. São trabalhadores com formação específica nesta área, que não é uma área onde haja muitos trabalhadores em Portugal com este tipo de formação e, nessa lógica, também seria natural que estes trabalhadores fossem chamados agora para estes novos projetos", considera.
Hélder Guerreiro garante que os trabalhadores da Galp vão estar atentos para garantir que os projetos chegam ao terreno com rapidez.
"Demorou dois anos desde o anúncio até à sua aprovação final pela administração. Nós já tínhamos feito alguns comunicados a dizer que não podia nem devia demorar muito mais tempo, daqui para a frente iremos ver como é que isto tudo se vai concretizar. Nós esperamos que seja rapidamente, porque isto é um assunto urgente", sublinha.
A Galp estima que os novos investimentos anunciados para Sines vão dar trabalho a mais de 400 trabalhadores.