O protesto é convocado para os "call centers" de Lisboa e do Porto, contra o que os trabalhadores dizem ser uma ilegalidade da empresa: os enfermeiros que não aceitaram uma redução de salário, começaram a ser despedidos.
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Os funcionários da Linha Saúde 24 vão parar durante 24 horas, a partir das 08:00, em protesto contra os despedimentos em curso, que consideram ser uma «retaliação clara por parte da empresa por estes trabalhadores não terem aceitado a redução salarial e exigirem um contrato de trabalho em vez do ilegal falso recibo verde».
Ouvida esta manhã pela TSF, uma das trabalhadoras adiantou que, em Lisboa, apenas quatro trabalhadores apareceram no turno da manhã.
Segundo outro dos funcionários que se encontra concentrado à porta do centro de atendimento de Lisboa, o serviço da Linha Saúde 24 que costuma ser assegurado por «pelo menos 20 pessoas» tem neste momento «três a quatro supervisores», o que representa «menos de um quinto do que é normal».
O atendimento das chamadas está a ser assegurado pelos supervisores de serviço, disse um dos funcionários à Lusa.
Num comunicado, os trabalhadores queixam-se de ter demonstrado abertura para o diálogo e de ter recebido como resposta da concessionária «a retaliação, juntando mais ilegalidade à ilegalidade».
«A exposição da condição laboral dos trabalhadores à Autoridade para as Condições do Trabalho, sob forma de uma queixa coletiva, ainda não mereceu a inspeção com caráter de urgência» e confirmaram-se as »piores expectativas: perante situações de anos a falsos recibos verdes, e com os trabalhadores a recusarem-se a compactuar com a manutenção da ilegalidade, a LCS, concessionária da linha, optou por começar a despedir ilegalmente as pessoas».
Os trabalhadores consideram que a demora na inspeção «contribuiu decisivamente para o agravamento da situação».
Os trabalhadores da Linha Saúde 24 vão ficar concentrados em frente aos call centers de Lisboa e do Porto até meio da manhã e voltam depois a concentrar-se às 17:00.