Trabalhadores dos impostos querem fechar serviços por causa do novo coronavírus
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos acusa Estado de não "defender os trabalhadores nem os utentes dos serviços públicos".
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O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos pede ao Governo que pondere encerrar alguns serviços públicos para travar o contágio do novo coronavírus. A dirigente sindical Ana Gamboa defendeu, no Fórum TSF, que os locais onde há trabalhadores doentes já deviam estar fechados para evitar que a doença se espalhe.
"O encerramento, mesmo que temporário, já devia ter acontecido até porque não sabemos o que aqui vem e é melhor prevenir do que remediar."
Ana Gamboa denuncia, por exemplo, que não há gel desinfetante nas repartições públicas. "Sabemos que há dificuldade em encontrar no mercado os produtos necessários e já foram dadas instruções aos diretores de finanças e das alfândegas para adquirirem os produtos de forma autónoma", avança a sindicalista.
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"O Estado não está a defender os trabalhadores nem os utentes dos serviços públicos", conclui.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.
O boletim divulgado, esta quinta-feira, assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4923 contactos em vigilância, mais 1857 do que no dia anterior.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.
O Conselho Nacional de Saúde Pública recomendou na quarta-feira que só devem ser encerradas escolas públicas ou privadas por determinação das autoridades de saúde. As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.