O secretário-geral do PS, António Costa, elogiou a "mobilização muito grande" dos portugueses, bem como o seu "elevado sentido cívico".
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António Costa afirmou, este domingo, que não é comentador e, por isso, não faz cenários e trabalhará com aquilo que for a vontade dos portugueses.
"Não sou comentador. Não tenho que fazer cenários, trabalharei com aquilo que for a vontade dos portugueses e essa respeitarei e aguardei serenamente que ela seja conhecida", referiu à entrada da sede de campanha do Partido Socialista, no hotel Altis, em Lisboa, acrescentando que "não vale a pena especular muito".
O secretário-geral do PS aproveitou para elogiar todos os portugueses que "cumpriram o seu direito de voto", cumprimentando, simultaneamente, "todos os partidos e candidatos a estas eleições legislativas pela campanha que fizeram". António Costa disse ainda desejar que "esta noite eleitoral seja esclarecedora da vontade do país sobre a governação nos próximos quatro anos".
"Todo o ato eleitoral decorreu com total normalidade. Não houve nenhum incidente digno de registo em nenhuma parte do país. Não tivemos qualquer tipo de boicote em nenhuma freguesia e todas as pessoas puderam votar em segurança", adiantou, sublinhando a "taxa de participação superior às últimas legislativas de 2019, o que significa deverá assistir-se a uma redução da abstenção".
"Houve uma mobilização muito grande e um elevado sentido cívico dos portugueses. Sentiu-se isso aliás na campanha eleitoral e, aparentemente, traduziu-se nas urnas com uma maior participação cívica", declarou.
"Sempre que é dada a palavra aos portugueses, os portugueses decidem", assegurou. De acordo com o secretário-geral do PS, "os portugueses perceberam que estas não eram mais umas eleições iguais às outras".
"Eram umas eleições essenciais para o futuro do país", sustentou.
Costa disse que não vale a pena especular sobre os resultados das eleições, afirmando que "as urnas já fecharam no continente, já fecharam na Madeira" e os portugueses que vivem fora do território nacional também "já exerceram o seu direito de voto".
"Estamos a alguns minutos de encerrar também as urnas na região autónoma dos Açores e, depois, mais duas horas, sabemos o resultado. Portanto, não vale a pena neste momento especularmos muito, basta só termos um bocadinho de paciência", frisou.
Questionado se ainda acredita numa maioria absoluta - António Costa começou a campanha eleitoral a pedir essa maioria, tendo depois desistido desse desígnio durante a campanha -, o líder socialista respondeu: "Não tenho crenças."
"Faz parte da vida democrática. Eu como já, pelo menos desde 1993, dou a cara como candidato a eleições, já me aconteceu ganhar eleições, perder eleições, umas com maioria, outras sem maioria. Portanto, já me aconteceu tudo e isso faz parte da nossa vida", referiu.
Também questionado sobre se tem mais do que um discurso preparado, em caso de vitória ou derrota, Costa atirou: "Só tenciono falar uma vez, só tenho um discurso."