Depois da invasão de um barco da Transtejo por passageiros, a empresa de transportes fluviais reconheceu que os passageiros têm sido os mais penalizados e admite que a empresa tem de fazer mais.
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Depois dos incidentes desta manhã que levaram à intervenção policial, a administração da Transtejo reuniu-se com alguns dos passageiros e com a associação de utentes que transmitiram as queixas e as consequências que a falta de transporte fluviais implica nas vidas de cada um. Segundo a comissão de utentes, o impacto das supressões tem obrigado os passageiros a faltar ao trabalho, a consultas médicas e a exames na faculdade.
Em declarações à TSF, Marina Ferreira, presidente do Conselho de Administração, reconheceu que a empresa não está a prestar o melhor serviço aos passageiros.
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"Os nossos passageiros têm sido muito penalizados com esta situação e não há nada pior para uma empresa de transportes públicos do que ter de reconhecer que pode e deve fazer mais", declarou a presidente do Conselho de Administração, avisando ainda que a situação poderá repetir-se, pois a frota tem dois navios em falta neste momento.
Durante este fim de semana, dois barcos da Transtejo avariaram, impossibilitando a regularidade das ligações fluviais no Seixal e Cacilhas. Um problema sem fim à vista que tem afetado os utentes ao longo dos últimos anos. Os constrangimentos manter-se-ão pelo menos até à próxima quinta-feira, dia em que a Transtejo terá de volta um dos navios que aguarda, neste momento, por reparações.
Em relação às críticas do autarca do Seixal, Marina Ferreira relembra a situação em que estava a frota quando chegou à empresa.
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Navios "antigos e muito velhos, já com muito desgaste" aliados ao meio fluvial "atreito a causar avarias", cria uma situação verdadeiramente aflitiva do ponto de vista da manutenção. "Mas, ao longo destes anos temos vindo a recuperar desta situação ", sublinhou Marina Ferreira.
Neste momento, a Transtejo tem seis navios no Barreiro, dois no Montijo e um ferry na Trafaria - locais onde não existem problemas. Em falta está um catamarã no Seixal e um navio em Cacilhas.
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