Treze anos depois, BPN dá despesa de 2 milhões ao Estado. Em 2022 será o triplo
Nacionalizado em 2008 e vendido em 2012, o antigo Banco Português de Negócios ainda dá despesa ao Estado. Já abriu rombo de mais de 4,2 mil milhões de euros nas contas públicas.
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É como aqueles convidados para jantar que ficam demasiado tempo. Treze anos depois de ser nacionalizado o antigo Banco Português de Negócios (BPN) custou 2 milhões de euros aos cofres públicos em 2021. E este custo vai triplicar em 2022.
Os valores constam do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano. A despesa de 2 milhões em 2021 é, ainda assim, muito inferior à de 50 milhões estimada no Orçamento apresentado há um ano).
Os números não são justificados no documento, que se limita a enunciá-los.
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Segundo o Tribunal de Contas, o BPN custou, desde a nacionalização em 2008 e até ao final de 2017, quase 4,1 mil milhões de euros aos cofres públicos.
Os valores conhecidos para os anos seguintes permitem concluir que desde a passagem para as mãos do Estado (que nas palavras de José Sócrates, primeiro-ministro da altura, não iria trazer prejuízos aos contribuintes), o rombo já ultrapassa largamente a fasquia de 4,2 mil milhões de euros.
Quatro anos depois na nacionalização, e em pleno resgate da troika, o Estado reprivatizou o BPN, vendendo-o ao Banco BIC (hoje EuroBic) por 40 milhões de euros.