Troca de cadáveres. Ministro aguarda inquéritos para decidir demissões no Hospital de Faro
Manuel Pizarro quer "um cabal apuramento de responsabilidades" no caso que classificou de "absolutamente lamentável".
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O ministro da Saúde considerou esta terça-feira o caso da troca de cadáveres no Hospital de Faro "absolutamente lamentável" e disse que vai aguardar os resultados dos inquéritos para decidir sobre o pedido de demissão da administração do hospital.
"Está em curso não só um inquérito interno no hospital, como também a Entidade Reguladora da Saúde e o próprio Ministério Público anunciaram abertura de inquéritos", disse o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que falava na audição conjunta das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e da Saúde, sobre o Orçamento do Estado para 2023.
Manuel Pizarro respondia a perguntas do deputado Rui Cristina, do PSD, tendo garantido que o caso "tem de conduzir a um cabal apuramento de responsabilidades".
O governante confirmou ter recebido o pedido da administração do hospital, que colocou o lugar à disposição, sublinhando: "Faz sentido esperar pelo cabal apuramento de responsabilidades para tomar decisões".
"Aguardemos com a tranquilidade devida e tomemos todas as medidas para ajudar as famílias a lidar com este processo", afirmou o ministro.
De acordo com uma nota de imprensa divulgada na segunda-feira pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), a troca na identificação de dois doentes falecidos no Hospital de Faro ocorreu no dia 3 de novembro.
Segundo o centro hospitalar -- que agrega as unidades de Faro, Portimão e Lagos -, a situação levou a que um dos corpos fosse indevidamente recolhido pela agência funerária e posteriormente cremado.
Na sequência desta ocorrência, o Conselho de Administração do CHUA abriu um inquérito interno e colocou os cargos à disposição.
Também na segunda-feira, tanto a Entidade Reguladora da Saúde como o Ministério Público disseram ter aberto processos sobre esta matéria.