
Carvalho da Silva e João Proença
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A UGT e a CGTP fizeram saber que não descartam a realização de uma nova greve geral. No Fórum TSF, João Proença e Carvalho da Silva admitiram esta possibilidade.
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«Quanto a nós, tem de haver compromissos e negociação» numa acção comum, defendeu João Proença, acrescentando: «Se for a luta pela luta não contem connosco, mas se for a luta para obter resultados, a UGT está no terreno».
Para o secretário-geral da UGT, «é admissível um agravamento da conflitualidade em Portugal», ainda que tal seja «completamente indesejável».
Também no Fórum TSF desta quinta-feira, Carvalho da Silva disse que «os sindicatos têm de estar disponíveis e empenhados em todas as possibilidades de construção de contributos», sendo que «a utilização da greve é um desses contributos».
O líder da CGTP frisou que noutros países, como Itália, os sindicatos estão confrontados com a mesma situação. «Não estamos em nenhuma ilha», rematou.
O líder da UGT afirmou ainda que gostava que o Governo tirasse conclusões da greve geral que está em curso para, por exemplo, melhorar o diálogo social.
A concertação social deve começar com uma «grande greve geral, com uma manifestação muito grande de descontentamento dos trabalhadores», disse, admitindo que muitos optaram por não fazer greve para evitar a perda de um dia de salário.
João Proença alertou que as desigualdades estão a agravar-se de uma «maneira intolerável». «Precisamos de um país de progresso económico e social», defendeu, acrescentando que Portugal atravessa «uma crise que tem de ser transitória e os sacrifícios equitativos».