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O reitor da Universidade de Lisboa rejeitou, esta terça-feira, numa cerimónia onde esteve o ministro da Educação, a possibilidade de aumentos nas propinas e pediu liberdade de gestão.
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Abertamente contra o aumento das propinas, o reitor da Universidade de Lisboa disse que é insustentável para os alunos.
António Sampaio Nóvoa não está contra mais uma redução do orçamento para 2012, mas pede liberdade de gestão. «O Estado não nos pode dar 50 e querer controlar 100», defendeu.
As universidades são geridas de forma bastante democrática e são um orgulho para o país, sendo praticamente impossível haver desvios ou buracos, frisou, dando o exemplo da Universidade de Lisboa que nunca viveu acima das posses.
Os contribuentes, através do Governo, «decidiram o que podiam dar e as universidades governaram-se com esse dinheiro», referiu ainda António Sampaio Nóvoa.
Em resposta ao pedido de mais autonomia, o ministro da Educação disse concordar com a exigência e até reconheceu o esforço feito pelas universidades «nos últimos tempos para obterem receitas próprias».
«Gostaríamos que as universidades tivessem mais autonomia» e «estamos solidários perante as dificuldades», por isso «faremos tudo o possível para proteger as universidades dentro deste quadro geral de restrições», garantiu.
Quanto ao número e a medidas concretas, Nuno Crato reservou para a apresentação do próximo Orçamento do Estado.
Estas declarações foram proferidas na cerimónia que assinalou o centenário da investigadora de Matemática Maria Pilar Ribeiro, no Museu da Ciência da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.