O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos entende as mudanças nas taxas moderadoras, mas está contra o fim da isenção para doentes crónicos. Já o bastonário da Ordem dos Médicos aplaudiu as mudanças à luz da actual crise que Portugal enfrenta.
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O porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos considerou, esta quinta-feira, positivo o facto de o pagamento das taxas moderadoras estar dependente da situação financeira dos utentes, frisando que esta medida demonstra que o Governo reconhece que «as dificuldades económicas e sociais das famílias são cada vez mais».
Contudo, Carlos Braga mostrou-se «totalmente contra» o fim da isenção para os doentes crónicos, que vai continuar a vigorar apenas para as consultas relativas à doença em causa. Alertou que «há muitas outras situações de saúde que são derivadas da doença crónica».
Já o bastonário da Ordem dos Médicos entende que estas mudanças são equilibradas, na medida em que «têm em consideração o contexto familiar e não apenas o rendimento individual para a determinação do limite da isenção».
Quanto às isenções para os doentes crónicos, José Manuel Silva afirmou que, «dentro do espírito de que é necessário que todos contribuam de forma proporcional para a recuperação financeira do país», é «uma medida razoável e de bom senso manter as isenções relacionadas com a patologia».