
Hospital dos Covões, em Coimbra
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Os Utentes do Centro Hospitalar de Coimbra, conhecido por Hospital dos Covões, querem que o encerramento, durante a noite, dos serviços de urgência naquele estabelecimento seja debatido na Assembleia da República (AR).
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A pretensão foi lançada hoje, à tarde, durante uma vigília, junto daquela unidade de saúde, promovida pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), para protestar, de «forma simbólica», contra o fecho noturno das urgências do Hospital dos Covões, disse à agência Lusa Margarida Fonseca.
«O MUSP lançou hoje, durante a vigília, um abaixo-assinado/petição» para que o fim do serviço de urgências no Hospital dos Covões, entre as 20h00 e as 9h00, que entrará em vigor na segunda-feira, seja «levado ao parlamento», sublinhou aquela dirigente do MUSP.
«Em breve», a petição terá o apoio do número necessário de pessoas para que o assunto seja debatido na AR (1500 na comissão especializada, 4000 em plenário), prevê Margarida Fonseca.
O encerramento das urgências do Hospital dos Covões, no período noturno, durante o qual tem servido, em média, cerca de meia centena de utentes, vai provocar uma «sobrecarga» do serviço de urgência dos Hospitais da Universidade, já com excesso de procura («o tempo médio de espera, nas urgências, é de 12 horas»), sustenta aquela responsável do MUSP.
«O Hospital dos Covões é unidade de referência de diversos concelhos do distrito de Coimbra e de Leiria», abrangendo uma população de «cerca de 400 mil pessoas», salienta Margarida Fonseca.
O serviço de urgência do Hospital dos Covões deixa de funcionar à noite, a partir das 20h00 de segunda-feira, sendo os utentes encaminhados, durante aquele período, para os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), embora nos próximos três meses se mantenham ali equipas do INEM, para que «um doente menos informado possa ser transportado para as urgências» dos HUC.
A decisão, adotada na sequência da fusão destes hospitais no recém-criado Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi anunciada, em 14 de maio, pelos presidentes do conselho de administração do CHUC, José Martins Nunes, e da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS-Centro), José Tereso.