Vaga para consultor nas Finanças continua aberta. Medina à procura do "currículo adequado"
Ministro das Finanças afirma que "só pelos ares do tempo" é que a contratação de Sérgio Figueiredo "deu a polémica que deu".
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Depois da polémica contratação de Sérgio Figueiredo para o cargo de consultor no Ministério das Finanças, que terminou com a renúncia do ex-diretor de informação da TVI ao cargo, Fernando Medina disse esta terça-feira, em entrevista à RTP, que a "necessidade" de uma pessoa para aquela função "mantém-se", estando o Governo à procura de alguém "com o currículo adequado".
"A necessidade que existia no Ministério mantém-se. Quando se encontrar a pessoa com o currículo adequado para as funções que considero importantes, de abertura e de diálogo entre o Ministério e a sociedade civil, naturalmente que, se essa pessoa estiver disponível, irá poder trabalhar" na tutela, afirmou Fernando Medina, considerando que "só pelos ares deste tempo" é que este assunto "deu a polémica que deu".
No início de agosto, o jornal Público noticiava que o ex-jornalista havia sido contratado para o gabinete de Medina para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas.
O contrato tinha sido consumado por ajuste direto e tinha a validade de dois anos. Nesse prazo, Sérgio Figueiredo teria um ordenado equiparado ao salário mensal base ilíquido dos ministros, isto é, de 4767 euros.
No entanto, o caso suscitou duras críticas por parte da oposição, acabando Sérgio Figueiredo por renunciar ao cargo. "Desisto, mas não fujo", assinalou, num texto de opinião publicado no Jornal de Negócios. Medina disse "compreender muito bem" as razões do ex-jornalista, mas lamentou "profundamente" a decisão tomada.
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