Vai de férias? Especialistas dão conselhos para minimizar risco de ciberataques
Telemóvel, tablet ou computador portátil na bagagem da partida para férias. Baixa-se a guarda e arrisca-se a ficar à mercê de um ciberpirata. Saiba que riscos deve evitar.
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Para umas férias ciberseguras há conselhos que ajudam a minimizar o risco de ciberataques. Embora não existam dados sistematizados sobre a realidade portuguesa, os especialistas em cibersegurança dão conta da tendência crescente de ataques através de QR Codes ou redes wifi gratuitas, por exemplo.
Por isso, antes de partir para o merecido descanso, é preciso não esquecer alguns conselhos.
"É um momento tão bom ou melhor do que qualquer outro para resguardar os nossos dados, fazermos as cópias de segurança e garantirmos que temos aqui alguma redundância destes mesmos dados", aconselha na TSF Luís Catarino, consultor especializado em cibersegurança ofensiva.
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Redes abertas em qualquer esplanada também convidam ao uso do wifi, mas nem sempre são seguras.
"Se temos efetivamente de nos ligar a redes wifi, temos de ter o cuidado de nos ligarmos, por exemplo, a uma vpn, que nos permite estabelecer um canal de comunicação encriptado e minimizar um pouco este risco. Há soluções tanto gratuitas como pagas, sendo que, no que toca a gratuitas, deixo aqui também a recomendação de que devem ser devidamente validadas, com um estudo prévio, sobre se são efetivamente seguras ou podem estar a trazer-nos um risco adicional", alertou o consultor.
Ondas de sedução podem levar ao clique e traduzir-se no pesadelo de um link suspeito.
"Cada vez mais os atacantes recorrem à engenharia social, tipicamente ao phising, um tema sobre o qual hoje estamos todos bastante consciencializados. Aqui a recomendação, especialmente num contexto pessoal, de férias, é efetivamente manter a desconfiança saudável em relação aos e-mails e mensagens que tivermos, verificar se são efetivamente legítimas", explicou.
Há cuidados a ter até no menu mais digital.
"Chegamos muitas vezes a um restaurante, a um hotel e o menu está acessível através de um código QR, por exemplo. E aqui é importante dar uma nota: quando apontamos o nosso telefone, a nossa câmara, para ler um código QR, estamos a abrir um link, uma ligação, que não sabemos previamente se é confiável ou não. O que podemos fazer num caso destes é, antes de mais, verificar com um colaborador, alguém da própria organização, se efetivamente aquele código que ali está é legítimo, oficial. Se quisermos ser um pouco mais cautelosos ainda, não há nada como pedirmos o menu em papel", afirmou Luís Catarino.
Para maior segurança, não esquecer ainda de fazer atualizações até de antivírus.
"Devemos procurar manter os nossos dispositivos atualizados e as soluções de antivírus, que permitem dar-nos aqui uma camada de segurança adicional", acrescentou consultor especializado em cibersegurança ofensiva.