O instituto responsável pelas previsões oficiais em Portugal desenha o cenário que podemos ter nos próximos três meses, mas há várias incertezas.
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) confirma que as previsões de longo prazo apontam para um verão mais quente que o normal, mas a previsão varia bastante conforme o mês e a região do país.
O chefe de divisão de previsão meteorológica do IPMA, Nuno Moreira, explica à TSF que a previsão com maior certeza estatística é para junho, prevendo-se uma temperatura 0,5 a 1,5 graus acima na temperatura média mensal para todo o território do Continente, num cenário que já se começou a sentir no final deste mês de maio.
A previsão também aponta para menos chuva para todo o litoral oeste e interior das regiões norte e centro.
O mapa que se segue, elaborado pelo IPMA, revela como a Península Ibérica pode ser, em junho, a região da Europa com uma temperatura mais acima do normal no mês de junho.
Em julho e agosto a previsão continua a ser de mais calor do que o normal, mas a maioria do território português surge nos mapas numa zona de transição, como explica Nuno Moreira, pelo que o cenário é mais incerto.
Em ambos os meses espera-se mais calor, mas apenas entre 0,25 e 0,5 graus e apenas nas regiões norte (em julho e agosto) e interior centro (neste último caso apenas em julho), enquanto na chuva a previsão do IPMA, baseada em vários modelos científicos internacionais, não aponta para qualquer tendência acima do normal.
O chefe de divisão do IPMA salienta que os mapas anteriores revelam que bem mais do que em Portugal as previsões apontam sobretudo para um cenário de temperaturas acima da média no centro e leste da Europa, sendo no entanto cedo para falar em
ondas de calor que possam durar vários dias como foi referido pelo Accuweather, um site responsável por uma das apps mais populares com previsões meteorológicas.
Nuno Moreira faz, no entanto, questão de recordar que estas previsões de longo prazo permitem ter uma ideia das temperaturas e precipitação para os próximos três meses, mas o seu grau de confiança não é tão forte como aquelas que se fazem para daí a uma semana, sendo preciso olhar para elas com reservas e sabendo que o resultado final pode ser diferente.
Finalmente, com as alterações climáticas é normal que cada verão que se segue seja mais quente que os anteriores.