O vereador do Ambiente da Câmara de Mirandela recusou, esta sexta-feira, em resposta à GNR, que a autarquia defenda o abate a tiro dos cerca de 200 cães abandonados junto ao aterro da região.
Corpo do artigo
A operação de captura estava prevista para a próxima segunda-feira, mas foi cancelada porque a GNR recusou participar no que entende ser um «crime».
«Isso foi mencionado numa reunião onde estavam vários técnicos municipais e um dos técnicos defende e continua a defender esse tipo de atitude, o que não significa que nós a adoptássemos. É exactamente o contrário», esclareceu o vereador António Branco.
Perante a recusa da GNR, a autarquia solicitou àquela força policial para apresentar uma proposta diferente. Contudo, diz que apenas recebeu um ofício onde é frisado que é ilegal o uso de armas de fogo e onde é sugerido que a Câmara recorra a uma empresa privada que recolha os animais.
A Câmara de Mirandela considerou que, perante este ofício, não estavam reunidas as condições para realizar a captura dos cães.
Num esclarecimento enviado à agência Lusa, a Direcção Geral de Veterinária confirmou ter determinado a captura dos cães selvagens no Cachão, esclarecendo que o objectivo é o de encaminhar os animais para o canil e sublinhando que a eliminação dos cães só ocorreria em última instância, ou seja, se eles se revelassem perigosos.