Esta decisão abrange todas as outras 18 empresas fornecedoras instaladas no parque industrial da fábrica da Volkswagen.
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A Autoeuropa prepara-se para retomar a atividade de produção na última semana de abril. A empresa anunciou na quarta-feira que voltará a ligar a linha de montagem.
Esta decisão abrange todas as outras 18 empresas fornecedoras instaladas no parque industrial da fábrica da Volkswagen. A administração da fábrica de Volkswagen de Palmela discute esta quinta-feira as condições para o regresso ao trabalho.
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Dois terços dos mais de dez mil trabalhadores das fábricas do setor automóvel de Palmela são os primeiros a regressar ao trabalho. Na Renault de Cacia, até 30 de abril não está previsto o regresso ao trabalho.
Daniel Bernardino, da coordenação de Comissões de Trabalhadores das Empresas do Parque Industrial da Autoeuropa, esclareceu à TSF que "está tudo preparado" para que a produção seja retomada "no dia 27 de abril".
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"Todos estamos a ser informados das medidas de segurança que vão ser implementadas, e que serão muito apertadas, para iniciarmos gradualmente a produção", refere Daniel Bernardino, que admite também que não o ritmo não será semelhante à atividade produtiva anterior à paragem de 16 de março. "Esta retoma ao trabalho não será com 100% do pessoal, será feita de uma forma gradual. As pessoas vão retomando à medida que forem testadas as medidas de segurança."
De acordo com Daniel Bernardino, estes medidas passarão pelo "controlo de entradas, com medição da temperatura às pessoas, utilização de máscaras por parte de 100% dos trabalhadores e de equipamento de proteção individual, como viseiras ou óculos".
Fausto Dionísio, da comissão de trabalhadores da fábrica da Volkswagen, prepara-se esta quinta-feira para pedir à administração que sejam garantidas condições no regresso ao trabalho:"Temos de ter condições de trabalho, de higiene e de segurança para nos sentirmos minimamente confortáveis."
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"Queremos saber como será no refeitório, porque costumávamos comer à mesma hora. Isso não pode acontecer; teremos de ter espaço para nos isolarmos a comer, para tomar banho..."
Fausto Dionísio reconhece estar preocupado com a manutenção da saúde dos trabalhadores. "A nossa saúde é importante, até porque depois vamos para casa e não podemos contaminar ninguém", conclui.