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Entra em vigor esta quarta-feira a nova tabela de preços da ADSE, mas a Associação 30 de Julho - Associação Nacional de Beneficiários da ADSE - lamenta não ter sido previamente divulgada.
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"A proposta de revisão da tabela não foi publicamente apresentada aos beneficiários", lamenta o presidente desta associação, Fernando Vaz de Medeiros, em declarações à TSF. "Não houve qualquer alerta, qualquer comunicação aos beneficiários, nem sequer uma notícia no site alertando para o facto de que os beneficiários pagarão mais por alguns dos atos que constam da tabela".
O presidente da Associação Nacional de Beneficiários da ADSE receia que surjam problemas pela disparidade de preços entre especialidades.
"Feita uma análise à tabela das consultas médicas, verificamos que há especialidades em que os preços não sofrem alteração e há especialidade em que os preços sofrem grande alteração. Esta é uma questão muito polémica e controversa - porque é que há-de haver as especialidades com um preço mais elevado do que outras? Não sabemos como é que os médicos das especialidades que mantêm a renumeração vão reagir a esta tabela."
Nova tabela tem valores muito díspares
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Fernando Vaz de Medeiros lamenta ainda que, nos últimos tempos, tenha diminuído o número de unidades de saúde privadas que têm acordos com a ADSE.
"Aquilo que nós esperávamos era que ADSE, com a força dos seus 1.300.000 beneficiários tivesse capacidade para dizer aos hospitais privados 'nós compreendemos a posição, vamos fazer um esforço financeiro no sentido de aumentar os preços, mas pedimos que, em contrapartida, os hospitais privados façam também um esforço no sentido de voltar a ter médicos em todas as especialidades e a atos médicos como exames'. Há hospitais privados em que os exames de imagiologia, por exemplo."
Associação 30 de Julho apela a mais serviços com convenções da ADSE
"Estamos efetivamente muito preocupados com esta situação e esperávamos que esta fosse uma oportunidade para começar a corrigir isto, não criando condições para mais saídas de médicos e permitindo, antes pelo contrário, o regresso de médicos imediatos às convenções."
Se no passado a ADSE era financiada pelo Estado, atualmente é inteiramente suportada pelos descontos dos beneficiários.