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As unidades hoteleiras da região de Ourém terão de avançar com reestruturações ou reduções de funcionários nos próximos tempos devido às quebras imputadas pela pandemia da Covid-19. Sem se comprometer com números, a presidente da Associação Empresarial Ourém - Fátima considera inevitável um cenário sem reformas.
Purificação Reis explica à TSF que a falta de turistas, sobretudo estrangeiros, durante os tempos de pandemia e a ausência que se continua a fazer sentir teve um impacto é muito forte e negativo. A perspetiva é de que haja uma "recuperação em março/abril do próximo ano porque é um setor muito sazonal", mas o que ficou para trás não é recuperável.
"Este ano o setor do turismo já não reforçou as suas equipas porque isso ocorreria normalmente em março e estávamos com o início da pandemia. Mesmo nas equipas permanentes há um significativo número de empresas que não vai conseguir manter os seus postos de trabalho", alerta a responsável, com a justificação de que sem taxas de ocupação e movimento "tem de haver reorganizações e reestruturações" por parte dos empresários.
A presidente da associação não avança com datas para que estas reestruturações avancem e admite que tudo vai depender dos apoios que o governo dê ao turismo religioso. "O lay-off simplificado foi uma medida fundamental para a manutenção dos postos de trabalho e para que as empresas conseguissem salvaguardar as suas equipas, [mas] as medidas que estão em curso já não respondem da mesma forma à necessidade deste setor".
"Temos esperança que a nível governamental seja dada uma atenção especial a este setor que está a correr um impacto muito significativo", acredita Purificação Reis.
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A presidente da Associação Empresarial Ourém - Fátima diz que as quebras nas taxas de ocupação rondam os 80% na região, tendo em conta os números das unidades que reabriram, já que muitos locais optaram por não o fazer após o período de quarentena.