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António Costa assume que é impensável o país estar nesta altura numa crise política, "depois de dois anos complicados" para dar resposta à crise pandémica. Antes do primeiro debate televisivo, frente a Rui Tavares, o atual primeiro-ministro pediu aos portugueses "que responsam a quem abriu a crise política".
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Em declarações à RTP, antes do início do frente-a-frente com o cabeça de lista do livre, António Costa defendeu que "não desejou estas eleições" e assume que "está de consistência tranquila".
"Estou aqui de consciência muito tranquila, muita animado, com muita energia para esta luta. Eu não desejei estas eleições, considero mesmo uma irresponsabilidade terem aberto uma crise política, no meio de uma pandemia, num momento tão dramático como o país está a viver", atirou.

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Costa acrescentou que vai a eleições "para ganhar". "Acho que é fundamental os portugueses responderem a quem abriu esta crise, no pior momento em que esta crise podia ser aberta. E esse resposta é muito clara. É dar uma maioria que assegure estabilidade para termos quatro ano de governação, recuperar o país, fazer o país progredir. É isso que o país precisa depois de dois anos terríveis que temos vivido. De facto, é impensável estarmos aqui numa crise política", disse.
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O também secretário-geral do PS garantiu ainda que não tem "medo da palavra absoluta" e voltou a pedir "uma maioria que dê para governar".
Este domingo, numa publicação nas redes sociais, António Costa defendeu um "Governo estável para os próximos quatro anos" e afirmou que "é tempo de virar a página da pandemia", já depois de Marcelo Rebelo de Sousa defender a mesma ideia na mensagem de Ano Novo.
Este é o primeiro de 30 debates televisivos, antes das legislativas. Eram para ser 36 debates televisivos, mas o PCP recusou debater nos canais por cabo, deitando por terra um frente-a-frente entre Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, que estava marcado para segunda-feira.

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