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Marcelo Rebelo de Sousa não voltou com a palavra atrás, depois de ter aceitado o convite de João Lourenço para se deslocar a Angola, e mantém a agenda mesmo com a situação pandémica a agravar-se no sul de África, com a nova variante do coronavírus. O Presidente da República sublinha, no entanto, que Angola tem sido responsável no combate à pandemia.
O chefe de Estado aterrou em Luanda às 7h00, e como habitual, no hotel, distribuiu cumprimentos e tirou selfies com quem se aproximou de um dos presidentes mais populares em Angola. Depois, aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o trabalho das autoridades de saúde do país.
À chegada, o Presidente da República foi recebido com danças tradicionais do país:
"Logo que cheguei, fiz o meu teste, tive resultado logo a seguir. Houve sempre uma política muito cuidadosa quanto a saídas e entradas do território", sublinha.
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Ouça aqui a reportagem da TSF em Luanda
Marcelo Rebelo de Sousa participa na Bienal de Luanda, que conta com chefes de Estado de outros países de África e da América, mas vai também doar vacinas "a um país irmão".
"Vou formalmente entregar 200 mil vacinas, pela Covax seguiram mais um milhão e 300 mil. No total, Portugal contribuirá com mais de dois milhões e 500 mil vacinas. Contribuiu para que a taxa de vacinação fosse subindo", realça.
A entrega de vacinas e a visita a um centro de vacinação vai decorrer durante tarde, mas à noite não há agenda pública, em dia de eleições diretas no PSD. Ainda assim, Marcelo rejeita ter sido propositado e explica que "já sabe como é": "Chega-se e aparece logo agenda".

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Não há leituras políticas, nem nacionais nem internacionais, numa visita já em período pré-eleitoral em Angola. Em 2022, as eleições presidenciais que vão colocar frente a frente João Lourenço, atual Presidente e, ao que tudo indica, Adalberto Costa Júnior, líder da oposição.
"O Presidente português não deve estar a opinar sobre o que se passa na vida interna de outros países, mesmo sendo países da CPLP", atira.
A viagem de Marcelo Rebelo de Sousa a Luanda termina já no domingo, com o chefe de Estado a regressar a Lisboa já na segunda-feira de manhã.

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