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O deputado social-democrata Duarte Pacheco acusa o Governo de atacar o PSD com números "surreais", quando na verdade propostas de alteração ao Orçamento do Estado (OE) para 2021 do partido "têm custo nulo".
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Também no anúncio das medidas, o vice-presidente da bancada laranja, Afonso Oliveira, garantiu que as alterações têm um custo residual, mas esta quinta-feira fonte do Governo recusa essa caracterização, garantindo que as propostas implicam um aumento permanente de 700 milhões de euros da despesa do Estado.

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"Esse valor não existe", defende Duarte Pacheco esta quinta-feira em declarações à TSF. "É um valor completamente surreal, atirado ao calhas."
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O deputado social-democrata garante que o ministro das Finanças "de certeza não tem uma única conta que justifique esse valor". Ao invés disso, diz, o gabinete de João Leão atacou o PSD com um valor arbitrário, "lembrou-se de dizer 700 milhões, como podia dizer 300 ou sete mil milhões."
Duarte Pacheco fala de um valor "surreal"
"Não existe nenhum cálculo e se eu estou errado o ministro que o comprove", reforça.
Duarte Pacheco reitera que, tal como avançou o vice-presidente da bancada do PSD no anúncio das medidas, "as propostas do PSD têm, residualmente, valor nulo."
"Porque nós tivemos esse cuidado, porque somos responsáveis, ao contrário do Governo e do PS", acrescenta.
Questionado sobre impossibilidade de garantir que as propostas dos sociais-democratas tenham, efetivamente, custo zero, uma vez que têm de ser negociadas, Duarte Pacheco responde que "é preciso trabalhar".
Já as propostas do PS têm custos, "é só passar o cheque", condena. "Mas essas já não faz mal para o partido socialista, já não têm preocupação com o aumento da despesa".
É essa, defende o deputado, "a prova de que o Governo tem dois pesos e duas medidas e uma fixação com o PSD".
Duarte Pacheco deixa um "conselho ao ministro das Finanças"
Entre as 91 propostas de alteração ao OE para 2021 do partido de Rui Rio, o executivo destaca o peso financeiro de duas: a redução para metade do preço das portagens (que nos cálculos do gabinete de João Leão custam 100 milhões de euros por ano, num total de mais de mil milhões de euros ao longo da concessão) e um conjunto de intenções de alteração que implicam um acréscimo de 200 milhões de euros por ano na Administração Pública, por causa dos suplementos e carreiras.
Como como podem estas propostas não contribuir para o aumento da despesa? "É preciso saber governar, não é só passar cheques", responde Duarte Pacheco.
Duarte Pacheco explica como é que as propostas do PSD podem ter "impacto zero"