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A criminalidade geral reduziu cerca de 11% no ano passado face a 2019 e a criminalidade violenta e grave registou uma descida superior a 13%, avança o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, depois de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna.
Também a violência doméstica teve uma redução de cerca de 6% no ano de 2020 face ao ano anterior.
Os números indicam uma correlação entre os estados de emergência e uma redução da criminalidade, já que Portugal registou em 2020 "os mais baixos índices" de criminalidade desde que existe o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), disse o ministro da Administração Interna.
Segundo Eduardo Cabrita, no primeiro período do estado de emergência, entre março e início de maio, houve uma redução de 28,9% da criminalidade geral e de 27% na criminalidade violenta e grave.
No segundo período do estado de emergência, a partir de novembro e até ao final de 2020, registou-se uma redução de 15% da criminalidade geral e cerca 20% da criminalidade violenta e grave.
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Por outro lado, "há um crescimento de crimes associados à utilização dos meios digitais", como a burla informática, que teve "um aumento bastante significativo".
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, explicou que o aumento de crimes de burla informática está relacionado com a pandemia, uma vez que as pessoas estão em espaços confinados e, muitas vezes, precisam "de esperança".
"Aparecem, por vezes, milagreiros no espaço virtual a prometer curas extraordinárias e as pessoas estão mais fragilizadas", disse.
Eduardo Cabrita sublinha ainda o crescimento dos crimes de desobediência, ressalvando que este aumento se regista devido à situação de estado de emergência.
Em relação aos homicídios, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, avançou que se registaram no ano passado mais quatro, passando dos 89 em 2019 para os 93.

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