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A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica esta segunda-feira novas orientações sobre o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19. Vai passar a ser recomendado o uso de máscara em locais públicos fechados - uma orientação que contraria a posição defendida pela DGS até ao momento, que tinha vindo a desaconselhar a utilização deste equipamento pela população em geral.
"Pode ser considerada a utilização [de máscaras] por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com várias pessoas", indicou a ministra da Saúde, Marta Temido, durante a conferência de imprensa diária da DGS e do Ministério da Saúde.

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A ministra lembrou que existem três tipos de máscaras distintos: respiradores (FFP2/3), que devem ser usados apenas por profissionais de saúde; máscaras cirúrgicas, que previnem a contaminação de quem as utiliza às pessoas em redor; e máscaras sociais, que não obedecem à normalização, destinadas à população em geral.
De acordo com as regras definidas pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças, a prioridade para o uso de máscaras deve ser dada aos profissionais de saúde, idosos, imunodeprimidos e doentes crónicos, bem como, numa segunda linha, às forças de segurança, forças armadas, bombeiros e pessoas que trabalhem em entregas ao domicílio.
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Numa terceira linha, passa então a ser aceite, enquanto "medida adicional", o uso de máscaras sociais pela população em geral em locais fechados com multidões, como supermercados e farmácias.
Marta Temido sublinha que a utilização deste tipo de equipamento "deve ser meticulosa" e que não exclui a necessidade de manter outras medidas de proteção, como a lavagem das mãos e o distanciamento social.
"Todos percebemos que temos de ter neste momento uma preocupação de dar passos pequenos, mas seguros", sublinhou a ministra, ainda a propósito da questão das máscaras, e concluindo que a forma como a pandemia de Covid-19 está a ser gerida em Portugal tem tido "resultados encorajadores".
Estão confirmadas 535 mortes devido à Covid-19 em Portugal, mais 31 nas últimas 24 horas. Há ainda 349 novos casos de contágio, elevando para 16934 o número de pessoas infetadas pela doença, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A taxa de letalidade é agora de 3,2%, sendo que acima dos 70 anos é de 11,2%.
Até ao momento, 277 pessoas conseguiram recuperar.
*com Catarina Maldonado Vasconcelos e Sara Beatriz Monteiro