Manter as escolas fechadas é mais prejudicial para os alunos. OMS defende outras medidas

Com uma média de 26 mil novos casos de Covid-19 por dia na Europa, é preciso repensar o regresso às aulas presenciais a partir de setembro? OMS defende que não.

Para a Organização Mundial de Saúde, é mais prejudicial para os alunos manter as escolas fechadas do que reabri-las em contexto de pandemia.

Em conferência de imprensa, o diretor-geral do departamento europeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), Hans Kluge, alerta para o risco de várias crianças serem deixadas para trás, como as têm necessidades educativas especiais.

Apresentando-se como especialista, mas também como pai, em vez do ensino à distância, Hans Kluge defende a adoção de outras medidas de prevenção.

Os responsáveis pela educação podem optar por "abrir escolas onde há poucas infeções, adaptar horários e reduzir o número de alunos nos locais onde o vírus está mais espalhado", nota. Em casos excecionais, pode ser ponderado "o encerramento temporário das escolas onde há altas taxas de transmissão do vírus".

Questionada sobre se deviam ser feitos testes em massa às crianças, Catherine Smallwood, uma das responsáveis do departamento de emergência sanitária da OMS Europa, defende que devem manter-se apenas os testes a casos suspeitos.

"Devemos testar os casos suspeitos e sobretudo as pessoas com sintomas. Sabemos que no caso das crianças é raro, mas mantemos que apenas devem ser testadas essas crianças", disse a responsável em conferencia de imprensa.

Isto depois de esta quinta-feira ter sido revelado um estudo que indica que as crianças têm um papel mais importante na propagação comunitária da Covid-19 do que se julgava, com cargas virais superiores às dos adultos doentes, mas permanecendo assintomáticas.

Em países como a França os pediatras estão a recomendar o uso de testes de saliva para os mais pequenos, mas esta é uma novidade que a OMS ainda está a avaliar.

"São testes menos invasivos, o que naturalmente é bom para as crianças", em comparação com os testes com zaragatoa, que podem ser dolorosos, destaca Catherine Smallwood.

Está previsto que o novo ano letivo arranque em setembro com o regresso ao ensino presencial, mas em cima da mesa continua a hipótese de as escolas terem de avançar para o ensino misto ou mesmo à distância, dependendo estas medidas do eventual aparecimento de casos de infeção de Covid-19 entre a comunidade escolar.

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