Mortos na estrada subiram muito mais do que foi inicialmente revelado

Afinal, 2018 teve o maior aumento da mortalidade dos últimos oito anos.

Em 2018 morreram 675 pessoas devido a acidentes nas estradas portuguesas, um aumento muito maior que aquele que foi inicialmente indicado nas primeiras estatísticas divulgadas pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

O novo balanço, que ao contrário do anterior tem em conta o estado das vítimas 30 dias depois do acidente (e não apenas no dia do sinistro), revela, segundo a análise da TSF, uma subida pelo segundo ano consecutivo e o número mais elevado desde 2012.

Mais 73 mortos e não menos 2

Naquelas que são as contas finais da sinistralidade rodoviária, em 2018 morreram 675 pessoas, mais 73 que em 2017, um aumento de 12,1% - o maior dos últimos oito anos.

Nas primeiras estatísticas apresentadas em janeiro, referentes ao estado das vítimas no dia do acidente, os dados oficiais começaram por apontar 512 mortos em 2018, uma ligeira subida em comparação com 2017 (510).

Esse primeiro número, 512, foi, no entanto, mais tarde revisto para 508 o que representava não uma ligeira subida mas uma ligeira descida em relação a 2017 (os tais 510).

Peões lideram aumento de vítimas mortais

Segundo o método de contagem das vítimas 30 dias depois dos acidentes, a maior subida na mortalidade nas estradas aconteceu entre os peões, num aumento de 20% - 156 em 2018, mais 26 que em 2017.

Nos acidentes com motas, existiu uma pequena descida (-2,7%), algo que não aconteceu, no entanto, nos acidentes com carros: +13,1% de 260 para 294 mortos.

À margem do relatório completo, analisado pela TSF, sobre as vítimas registadas nos 30 dias subsequentes aos acidentes, a ANSR sublinha que, apesar do aumento de 12,1% na mortalidade, houve uma melhoria nos restantes indicadores de sinistralidade: menos 181 acidentes com vítimas (-0,5%), menos 122 feridos graves (-5,8%) e menos 441 feridos leves (-1,1%).

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