O presidente da direção da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar diz que se está a viver "um cenário dantesco e as pessoas ainda não se aperceberam": não podem sair de casa só porque está sol.
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A luta contra a Covid-19 é uma "guerra". E numa verdadeira guerra, as pessoas não saem de casa só porque está um dia de sol. A reprimenda aos portugueses que saíram à rua este domingo, em pleno estado de emergência, sem que precisassem de o fazer, é do presidente da direção da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).
Em declarações no Fórum TSF, Rui Nogueira defende o recolher obrigatório e entende que os doentes de risco não podem continuar a trabalhar.
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Portugal tem no máximo cinco dias "para evitar o caos", alerta, para evitar no país uma repetição da situação "dramática" que se vive em Espanha ou Itália. Por isso, têm de ser tomadas o quanto antes "as medidas absolutamente necessárias para pôr toda a gente em casa", argumenta.
Num cenário de guerra, como nos filmes, "quando há bombas a cair não faz sentido apanhar couves", nota Rui Nogueira. E assim mesmo tem de ser no combate contra o novo coronavírus.
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O presidente da direção da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar reforça o alerta: "o que está a acontecer é um cenário dantesco, é terrível, e as pessoas ainda não se aperceberam. Está sol, está bom tempo, mas não dá para andar na rua!"
Rui Nogueira defende é preciso manter os supermercados e as farmácias abertos, e os serviços de saúde, os serviços de segurança e as forças de Proteção Civil têm de sair de casa para trabalhar. Mas mais ninguém.
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