TAP vai aderir ao regime de lay-off. Medida abrange "90 a 95% dos trabalhadores"
Sindicato contra corte nos rendimentos dos trabalhadores. O regime deve durar, pelo menos, um mês.
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A companhia aérea portuguesa TAP vai aderir ao regime de lay-off e a medida vai abranger todas as classes profissionais, incluindo pilotos e pessoal de bordo. A notícia foi dada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil depois de uma reunião com a Administração e a Comissão Executiva da transportadora aérea que ainda não notificou qualquer trabalhador.
José Sousa, secretário-geral deste sindicato, entende que "é um erro mitigar os rendimentos dos trabalhadores, porque é desta forma também que a economia se pode reanimar mais rapidamente". O sindicalista defende que o Governo devia seguir o exemplo de outros países da União Europeia e "garantir que não seriam feitos despedimentos, que seriam mantidos todos os postos de trabalho e que, simultaneamente, todos os trabalhadores receberiam o seu salário como forma de fazer face também a uma época em que os custos aumentam substancialmente".
Alguns setores da empresa serão abrangidos pelo lay-off simplificado já a partir desta quarta-feira, dia 1 de abril, e outros só no dia 6 de abril e deverá durar, pelo menos, um mês. A medida, revela José Sousa, deve abranger "90 a 95% dos trabalhadores".
À TSF, a TAP reitera que nenhum trabalhador foi notificado sobre a possibilidade de lay-off, admitindo que houve, de facto uma reunião com 14 sindicatos esta segunda-feira, mas a empresa não comenta reuniões.
Também na Ryanair o regime de lay-off terá efeitos a partir desta quarta-feira. A companhia aérea irlandesa afirma, em comunicado, que a medida é indispensável para a preservação dos postos de trabalho. Neste caso, o lay-off será aplicado, pelo menos, durante dois meses.
Por causa da pandemia, a British Airways anunciou esta manhã que suspende todo o tráfego no aeroporto de Gatwick.
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