Testes grátis, sem olhar ao risco e para quem está a trabalhar. É o que pede o Governo à DGS
A ministra da Saúde garantiu esta manhã que o Executivo já pediu uma revisão de normas à DGS, para que a testagem massiva fosse adotada, inclusive em setores de atividade que não paralisaram.
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O Governo está adotar uma abordagem de realização de testes de forma mais "maciça". A ministra da Saúde revelou esta manhã, numa audição no Parlamento, que, para o efeito, serão utilizados métodos de rastreio como os PCR, testes de antigénio ou de saliva. "Já exortámos a DGS a rever as suas orientações técnicas sobre esta matéria", adiantou ainda Marta Temido.
Entre as orientações pedidas à DGS, a governante destaca que deve ser considerado todo e qualquer contacto, seja de risco ou não, ponderando o tipo de teste a utilizar em cada caso, bem como deve ser conseguida a extensão dos testes grátis, sem prescrição médica, a setores de atividade (como a construção civil) que não pararam de trabalhar. Este foi um pedido "politicamente feito" à autoridade de saúde, garante a ministra.
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"O Governo não andou atrás do prejuízo"
A ministra da Saúde referiu também, respondendo relativamente à gestão de vacinas, que, tal como outros países europeus, Portugal apoiou a produção, para que estas fossem conseguidas menos de um ano depois do início da pandemia.
"Que seria de nós se esperássemos, como os holandeses, sete dias", questiona a ministra da Saúde, referindo-se ao atraso de aplicação das inoculações, após a chegada das vacinas aos Países Baixos. "Ninguém pediu uma demissão do Governo na Holanda por essa dilação de tempo."
Marta Temido aproveitou para rebater as críticas: "O Governo não andou atrás do prejuízo."
Agora, assinala a governante, o objetivo é acelerar o ritmo e dar a maior cobertura possível de inoculação à população portuguesa. O Ministério da Saúde tem em marcha um esquema de contacto, quer por telefone, quer por telemóvel, quer por carta, garante a ministra.
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