A Quercus aplaude as alterações que visam travar a plantação de eucaliptos. No entanto, a associação ambientalista teme que, na prática, os objetivos não se concretizem.
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Tal como a TSF adiantou esta manhã, uma das medidas incluídas na nova versão do texto da lei da reforma florestal visa limitar a área de cultivo do eucalipto.
A lei quer permitir a plantação de eucaliptos em zonas onde a espécie já existe, mas sempre com uma redução de 10 por cento ao ano, em relação às atuais áreas.
Domingos Patacho, coordenador do Grupo de Trabalho de Florestas da Quercus, acha a meta razoável, mas considera que a falta de meios de fiscalização no terreno vai impossibilitar a sua concretização.
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Dúvidas semelhantes são manifestadas pela Forestis, a Associação Florestal de Portugal. A coordenadora, Rosário Alves, diz que as medidas para travar a plantação de eucaliptos são boas no papel, falta ver na prática porque os recursos são escassos.
A Forestis espera que a reforma florestal reúna consenso em todos os partidos, de forma a garantir uma política de longo prazo.
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Esta terça-feira, são votadas em comissão, as primeiras alterações na especialidade, mas parece certo que parte do pacote de reforma legislativa da floresta fique adiado para depois de outubro, na próxima sessão legislativa.