"Contornou e violou a lei de forma descarada." Ambientalistas querem fim da concessão à Turiestrela
A associação ambientalista Zero quer reavaliar a concessão do turismo na Serra da Estrela, acusando a empresa Turiestrela de ter violado a lei de modo flagrante.
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A Zero quer que o Estado reavalie a concessão dada na década de 1980, por sessenta anos, à empresa Turistrela para explorar em exclusivo o turismo e os desportos na Serra da Estrela.
É esta a reação da associação ambientalista à notícia, divulgada esta manhã pela TSF , de que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) chumbaram a construção do tapete rolante da Escola da Estância de Esqui, uma obra que foi construída, ilegalmente, há três anos.
Carla Graça, dirigente da Zero, diz que a Turistrela violou claramente as leis ambientais, não sendo ético que continue a ter a exploração exclusiva de uma zona tão sensível no "coração do Parque Natural da Serra da Estrela".
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A Zero sublinha que a Turistrela "tentou, como se prova pelos factos, contornar e violar a lei de uma forma absolutamente descarada, numa situação grave que aqui é flagrante".
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Carla Graça pede também uma multa pesada e a restituição do terreno ao estado em que estava antes da construção do tapete rolante, apesar de ser difícil recuperar totalmente o que foi destruído.
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