Chefes de equipa vão continuar ao serviço, numa altura em que os problemas se agravaram com o dobro das urgências habituais.
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O Centro Hospitalar de Lisboa Central recusou a demissão apresentada há cerca de um mês pelos nove chefes de equipa das urgências do Hospital Dona Estefânia, o único hospital exclusivamente pediátrico da região de Lisboa.
A informação é avançada à TSF pelo diretor da área da mulher, criança e adolescência no centro hospitalar, Gonçalo Cordeiro Ferreira, que explica que mesmo que estas demissões fossem aceites era impossível encontrar substitutos.
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Gonçalo Cordeiro Ferreira sublinha que nas últimas semanas a situação que já era grave, de falta de médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, agravou-se porque o tempo frio e a gripe fizeram disparar a procura nas urgências.
Por norma a procura ronda os 150 a 200 doentes por dia, mas esta semana já ultrapassou os 300, algo que devia justificar, pelos planos de contingência, um reforço de meios humanos.
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Esta quarta-feira foi aberta uma vaga para mais um médico, uma boa notícia para este responsável do Centro Hospitalar de Lisboa Central que fala num "sinal de boa vontade", mas ainda insuficiente para as muitas necessidades do hospital Dona Estefânia, sobretudo numa época como a atual de muita procura nas urgências.
Administração garante resposta
Fonte oficial do centro hospitalar garante à TSF que a administração tem "tentado dar resposta aos picos de afluência à urgência inseridos no Plano de Contingência em curso".
A mesma resposta refere que "as equipas médicas da urgência pediátrica têm sido reforçadas com recurso ao trabalho extraordinário, prestações de serviço médico e mobilização interna de médicos".
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