Ao contrário do que afirmam os administradores hospitalares, os enfermeiros especialistas em saúde materna recusam que o impacto do protesto esteja a ser nulo.
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Os administradores hospitalares já vieram dizer que o impacto do protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia é praticamente "nulo". Ontem, o representante dos administradores dos hospitais disse à TSF que o impacto "é inexistente ou reduzido, a qualidade e segurança dos serviços está assegurada, não existindo qualquer informação sobre adesão".
Bruno Reis, do movimento que representa estes enfermeiros, discorda e, em declarações à TSF, dá os exemplos dos hospitais de Guimarães e Aveiro para dizer que a "segurança dos cuidados à mulher grávida está seriamente comprometida"
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A partir de amanhã, os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia contam ter mais hospitais a aderir ao protesto que têm em curso.
Desde segunda-feira, que se recusam a prestar cuidados especializados porque exigem voltar a ter uma carreira específica. Segundo a Ordem dos Enfermeiros, que apoia os profissionais neste protesto, existem cerca de dois mil enfermeiros que, apesar de serem especialistas, recebem como se prestassem serviços de enfermagem comum.
O protesto começou em sete hospitais. Amanhã, conta com mais três - Portalegre, Beja e Castelo Branco. Na sexta-feira, São João, no Porto, e agrupamento de centros de saúde do Alto Ave, no distrito de Braga.
Para as 17h está prevista uma manifestação dos enfermeiros da Maternidade Alfredo da Costa em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa. A essa hora, no ministério, há uma reunião com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que apoia as reivindicações, mas não a forma como os especialistas resolveram protestar.