Administradores hospitalares temem que protesto ponha sobretudo em causa a confiança nos serviços de saúde.
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O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares garante que a adesão ao protesto ou espécie de greve de zelo dos enfermeiros especialistas está a ter um impacto nulo.
Foi essa a informação recolhida por Alexandre Lourenço nos vários hospitais que contactou esta manhã para perceber o impacto no primeiro dia do protesto.
O representante dos administradores dos hospitais diz à TSF que o impacto "é inexistente ou reduzido, a qualidade e segurança dos serviços está assegurada, não existindo qualquer informação sobre adesão".
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A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares compreende as razões de queixas, mas defende que este protesto coloca acima de tudo em causa a confiança nos serviços de saúde, assustando os utentes.
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Na convocatória do protesto, os sindicatos dizem que os enfermeiros especialistas que aderissem iriam recusar-se a partir desta segunda-feira, por tempo indeterminado, a prestar cuidados diferenciados em protesto contra o não-pagamento desta especialização.
A previsão apontava para efeitos sobretudo nos blocos de parto, mas nem aí os administradores hospitalares detetam qualquer impacto.
Contactado pela TSF, fonte do Ministério da Saúde sublinha que nunca comenta os impactos das greves enquanto estas estão a decorrer, muito menos neste caso em que não estamos perante uma greve mas apenas uma forma de protesto.