Um relatório que acompanha a proposta de parecer que o Conselho Nacional da Educação desvaloriza a influência dos exames e provas finais na reprovação dos alunos do Ensino Básico.
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Os exames nacionais de Matemática do 9.º ano só contribuíram diretamente para o chumbo dos alunos em menos de 2% dos casos.
O relatório técnico que acompanha a proposta de parecer que o Conselho Nacional da Educação vai discutir e votar esta quinta-feira, e que será depois remetido ao Parlamento, desvaloriza a influência dos exames e provas finais na reprovação dos alunos do Ensino Básico.
No caso da Matemática, a influência aconteceu em 1,9% dos casos de chumbo. No Português, também do 9.º ano, não chegou a 0,5%.
O relatório faz a análise dos exames do 9º ano, nos últimos 10 anos letivos, e nas provas finais dos 4.º e 6.º anos, desde 2014. A percentagem mais elevada, é mesmo a da Matemática do 9º ano.
A análise feita parte do peso de 30% que estes exames têm na nota final e da diferença entre a nota do exame e a nota dita interna, que resulta da avaliação contínua, incluindo os testes ao longo do ano.
Esta quinta-feira à tarde, o Conselho Nacional da Educação vai anunciar o sentido do parecer que resultará da discussão que acontece durante a manhã, e que será entregue no Parlamento, para a discussão na especialidade dos projetos do PCP e Bloco de Esquerda sobre o fim das provas globais dos 4.º e 6.º anos de escolaridade.
Paralelamente, o Ministério da Educação prometeu ainda para esta semana um novo modelo de Aferição e Avaliação no Ensino Básico, construído, ao que tudo indica, sem a existência de provas finais ou exames que contem para a nota final.